Já ouviu falar em alfabetização têxtil? Esse termo resume o processo em que as pessoas entram, pela primeira vez, em contato com o fazer manualmente uma peça de roupa. E foi isso que aconteceu nos últimos meses no ateliescola acaia, em seis encontros promovidos com estudantes do 9° ano e as artistas Flávia Lobo e Andrea Guerra, do Ateliê Vivo.
O Ateliê Vivo nasceu em 2015, como um grupo artístico de práticas manuais têxteis. Ali, quatro mulheres coordenam e tocam projetos que envolvem uma Biblioteca de Modelagem, um Laboratório Têxtil para o aprimoramento de técnicas, práticas e criações coletivas, além da “Escola Ateliê Vivo”, onde ampliam o trabalho que realizam através de aulas para diferentes públicos.
Com o ateliescola acaia, surgiu a proposta de criar com os estudantes um moletom estampado. Depois de aprender a cortar o tecido, veio a técnica de estampar com reserva de fita crepe – que é ir colocando a fita no tecido e desenhando com ela, para depois passar as tintas coloridas. “Escolhemos o moletom porque é uma peça muito útil e acessível, e que dá para ser transformado colocando punho ou capuz, fazendo mais curto ou comprido, colocando manga ou bolso. É uma peça básica, sem gênero, e que permite criar em cima”, conta Flávia.
A experiência com o grupo incrível e de muita ajuda mútua. “Eles são amigos e queridos, deu para sentir o quanto faz diferença eles estarem no ateliescola acaia, que é um lugar de cuidado com as pessoas, onde o afeto está em volta de tudo. Foi uma experiência muito consistente, cada um com a sua identidade, podendo criar, estampar e experimentar esse fazer bem legítimo”, conclui a artista.
Ateliescola