O Ateliê Vivo é um projeto transdisciplinar artístico e educacional de moda que atua, desde 2015 em São Paulo e pelo Brasil, de forma independente através da Biblioteca de Modelagem, dos Cursos e do Laboratório de práticas têxteis.
As ações são pensadas de forma viva e ativa. Na prática, com o compartilhamento do espaço do ateliê, propomos o encontro entre as pessoas junto com o fazer das técnicas manuais e processos têxteis, criando um campo de saberes, desejos e reflexões que incentiva a pesquisa e a partilha de experiências para criar novos modos de existência, intervir na lógica da indústria da moda e potencializar a autonomia em processos de capacitação técnica e criativo.
A produção do pensamento junto com a produção manual são igualmente incentivadas nos processos propostos pelo grupo. O termo “pensar-fazendo” descreve o objetivo de repensar fundamentalmente “teoria” e “prática” de maneira a superar o antagonismo comum entre as duas. Todo trabalho manual carrega em si a dimensão da potência humana, do que é possível produzir a partir do seu próprio corpo e o que se aprende de geração em geração, consolidando saberes e criando espaços de encontros e trocas coletivas.
A moda como a conhecemos, se mantém como um sistema identitário, hegemônico e predador que reitera a desqualificação de corpos, vidas e a captura de subjetividades, transferindo e terceirizando aos processos industriais/mecanizados toda a produção e confecção de seus produtos, restando ao consumidor final a simples tarefa de comprar.
Ao compartilhar o espaço, saberes e ferramentas com os participantes, o Ateliê Vivo propõe intervir nessa dinâmica, substituindo o consumo alienado e sem reflexão pela educação e experimentação têxtil e de moda, sugerindo ao indivíduo um olhar crítico em relação a esse sistema.
O espaço físico conta com uma estrutura de biblioteca de modelagens e de livros, de maquinários e ferramentas que são compartilhadas entre os frequentadores do espaço dentro da programação estabelecida.
Dentre as transformações das ações que realizamos, podemos citar:
/Gerar autonomia na produção e transformação a partir do fazer manual;
/Gerar capacitação técnica para geração de renda;
/Ampliar a consciência em relação ao consumo;
/Ampliar as práticas de ações educacionais, artísticas e culturais;
/Agir de forma viva e criativa no ciclo de produção da moda;
/Intervir nas micropolíticas do cotidiano;
/Intervir na lógica do processo produtivo;
/Incentivar o processo manual;
/Questionar a desvalorização da mão-de-obra do trabalhador têxtil;
/Questionar a sistemática terceirização do processo produtivo;
/Refletir criticamente às comodidades e produtos oferecidos pela sociedade de consumo e da mídia;
/Desacelerar o consumo desenfreado e autômato;
/Potencializar a experiência de processos criativos artesanais;
/Fortalecer o capital cultural brasileiro a partir do fazer manual.
A equipe do Ateliê Vivo é composta pelas artistas e coordenadoras:
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